segunda-feira, 31 de maio de 2010

Cremes anticelulite têm resultados modestos em testes


Cremes anticelulite não fazem milagre, é claro. Mas podem, sim, melhorar o aspecto e a textura da pele alterada por esses detestados depósitos de gordura no tecido subcutâneo.

A Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) comparou a eficácia dos cremes das marcas Avon, L'Oréal, Natura, Nivea, O Boticário e Vichy. Segundo a pesquisa, o produto com melhor desempenho foi o Vichy Liposyne, que já saiu de linha, mas ainda é encontrado em farmácias.

De acordo com o teste, 65% das voluntárias que usaram o creme da Vichy por 60 dias tiveram redução média de 16% da celulite, contra menos de 10% de redução observada com o creme da Natura, que teve o segundo melhor desempenho.

Segundo a química Marina Jakubowski, 29, pesquisadora da Pro Teste responsável pela avaliação, o motivo para o bom resultado do creme da Vichy é a alta concentração dos princípios ativos com as funções de penetrar na camada da pele onde fica a celulite, quebrar a gordura, ajudar a eliminar líquidos e tonificar a pele. "Outros cremes têm muitos ingredientes, mas em concentrações baixas", diz a pesquisadora.

O produto com pior avaliação foi o da Boticário. De acordo com a responsável pelo teste, depois de usarem esse creme as voluntárias com celulite mais profunda sofreram uma multiplicação dos buraquinhos na pele, em vez da suavização que era esperada. "Ele quebra os grandes acúmulos de gordura em depósitos menores, mas não reduz o volume. Só seria adequado para quem está no primeiro grau do problema, quando a celulite só aparece se a pele for pressionada", afirma a química.

Editoria de Arte/Folha Imagem

Redução de medidas
Um efeito colateral benéfico dos cremes foi a redução de medidas. O Renew Clinical Tri-Laser Corretor, da Avon, eliminou dois centímetros no diâmetro das coxas das mulheres. A média de redução de medida alcançada com os seis produtos foi de um centímetro.

A Pro Teste fez uma ressalva em relação aos textos estampados nas embalagens de todos os produtos avaliados. Esses textos, em geral, citam pesquisas que teriam comprovado a eficácia do cosmético. Mas, segundo a associação, os testes feitos pelas empresas se baseiam em questionários respondidos por voluntárias, o que a Pro Teste considera "subjetivo".

Na pesquisa da Pro Teste foram usados aparelhos para medir a celulite nas mulheres.
A entidade também submeteu as voluntárias a questionários, para provar que as respostas não correspondem aos resultados numéricos. Todos os cremes foram avaliados de maneira muito parecida nos questionários, embora os resultados de cada marca tenham sido muito diferentes nas medições realizadas por aparelhos.

As empresas foram procuradas pela reportagem, e afirmaram que fazem testes científicos com os seus produtos.

Para a química responsável pelo teste, a aplicação de cremes anticelulite pode funcionar como um "tratamento de choque" para melhorar o aspecto da pele, mas o mais importante é manter a alimentação balanceada e usar hidratantes, massageando a pele e estimulando a circulação.
Editoria de Arte/Folha Imagem

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u646047.shtml - 31.10.09


terça-feira, 11 de maio de 2010

Comer nozes reduz colesterol, segundo estudo




da France Presse
Comer nozes ajuda a baixar os níveis de colesterol no sangue, de acordo com um estudo divulgado nesta segunda-feira nos Estados Unidos.

Pessoas que comeram 67 gramas de nozes por dia registraram uma queda de 5,1% da concentração total de colesterol e uma diminuição de 7,4% na lipoproteína colesterol de baixa densidade (LDL-C) -conhecida como colesterol mau- em comparação com pessoas que não comem nozes, indicou o estudo.

As pessoas com altos níveis de triglicerídeos que comeram nozes registraram uma queda de 10,2% nos níveis de lipídios no sangue, concluiu a pesquisa, que analisou informações de 25 testes levados a cabo em sete países, envolvendo 583 homens e mulheres entre 19 e 86 anos com níveis altos ou normais de colesterol.

O estudo foi liderado pela doutora Joan Sebate, da Universidade de Loma Linda, na Califórnia, e publicado nos Archives of Internal Medicine da American Medical Association.